27 de mai. de 2010

Leia e comente!

“No meu tempo não era assim” é o que principalmente muitos idosos dizem por causa da mudança no comportamento dos jovens atualmente.
No tempo dos nossos avós e dos nossos pais não existia tanta violência ou não se ouvia falar sobre drogas. Apesar de não terem informações sobre os métodos anticoncepcionais, não se preocupavam, pois toda gestação era desejada.
Não se tinha notícia de assassinatos nem assaltos, apesar de naquela época as condições de vida serem precárias. Hoje, a tecnologia trouxe muito progresso à maioria da população, mas trouxe também a exclusão de muitos.
A solução para os jovens que têm atitudes erradas não é punir mais e sim punir melhor. Dar bons exemplos, ajudá-los a ter mais informações básicas e orientá-los para que eles não tomem atitudes inconsequentes são algumas medidas que devem ser tomadas pelos responsáveis.

Francisco Edson da Silva Gomes, 3º ano D


No tempo dos nossos pais, os assuntos que mais interessavam era, para nossas mães, o casamento e para nossos pais, o trabalho. Mas, e hoje, quais são os assuntos que mais interessam aos jovens?
Hoje, poderíamos citar inúmeros assuntos de que os jovens mais gostam. Educação, carreira profissional, cultura, lazer, esporte e relacionamentos amorosos são os cinco primeiros assuntos, segundo a Veja na edição especial para jovens.
Por outro lado, há aqueles que são do contra, que buscam a violência, as drogas e são irresponsáveis no modo de pensar e agir. Que pensam que a única fase da vida é a da adolescência sem se preocupar com o futuro e acabam se tornando intolerantes.
A prevenção para isso começa em casa e se desenvolve na escola com a educação. Desde cedo temos que tentar
fazer com que os jovens se interessem cada vez mais por assuntos saudáveis e educativos para que se tornem verdadeiros cidadãos.

Samara Menezes Gomes, 3º C

16 de mai. de 2010

Agenda da Semana.


Alunos dos terceiros anos, o exercício dessa semana será a participação na Gincana Viagem Pela Palavra.

Além disso, quero destacar aqui a importância da leitura. Nessa semana, leiam um livro, qualquer que seja, e façam uma pequena redação dizendo o porquê da escolha do livro e o assunto do qual ele trata. Será um exercício mais prazeroso, já que são vocês que escolherão o livro que vão ler. Se quiserem, posso dar algumas dicas de livros. Agora, mãos à obra e boa leitura!

Lista de exercícios para os alunos que ficaram para recuperação em Língua Portuguesa

2º ano: Resolver os exercícios do livro didático relacionados a adjetivos e substantivos.
3º ano: Resolver os exercícios do livro didático referentes à oração subordinada adverbial.

Exercitando a gramática!

01. Classifique as orações:
a) Esse é um mal que tem cura.
b) Deus, que é nosso Pai, nos salvará.
c) A dor que se dissimula dói mais.
d) Há certas aranhas cujas teias parecem fios de prata.
e) Não sabem o que querem.
f) Não é justo que o magoes.

02. Preencha as lacunas usando um pronome relativo adequado:
a) A oficina ___________Juvenal trabalhava ficava no fim da rua.
b) A casa ____________moramos é modesta, mas aconchegante.
c) Ele me puxou para ver um quadro _________
havia gostado muito.
d) Não era muito grande a mesa___________nos
sentamos.
e) Os moradores das palafitas vivem à beira do rio, __________________tiram o seu sustento.
f) Ainda estavam no chão os cacos de vidro_________________ o garoto nos alvejara.
g) Encontrou-se um velho colete_________bolso
havia moedas de ouro.
h) O festival_________assistirei hoje à noite conta com a participação de artistas famosos.
i) O oficial __________Nair simpatizava foi transferido para Brasília.

03. Classifique as orações subordinadas:
a) Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
b) Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.
c) A luz é mais veloz do que o som.
d) Por mais que gritasse, não me ouviram.
e) A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência tenha êxito.
f) Relatei os fatos como os ouvi.
g) Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
h) À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
i) Mal chegamos ao local, vimos toda a extensão da catástrofe.
j) Suas palavras soaram no recinto como chicotadas.
l) Desde que chegarei aqui, não houve nenhum progresso.
m) Poderás fazer sucesso, desde que saibas falar.
n) Desde que não sabes ler, eu vou ler em teu lugar.
o) Caso aconteça algum imprevisto, avise-me imediatamente.
p) Não carregue muito dinheiro consigo, mesmo que o tenha.
q) Se Neusa sair à rua, paralisa o trânsito, de tão bonita que é.
r) Neusa é tão bonita que, se sair à rua, paralisa o trânsito.
s) Aconselharam-me a desfazer o noivado.
t) Todos conheciam a mania de Laura: empenhar jóias.
u) Prevendo uma recepção fria, não fui visitá-lo.
v)Chegando ao alto da árvore, sacudiu-a fortemente.
x) Tirou o cachimbo da boca a fim de poder falar.
z) Havia ali crianças pedindo esmolas.

04. (FGV –SP) Assinale a alternativa em que a oração sublinhada funciona como sujeito do verbo da oração principal:
a) Não queria que José fizesse nenhum mal ao garoto.
b) Não interessa se o trem solta fumaça ou não.
c) As principais ações dependiam de que os componentes do grupo tomassem a iniciativa.
d) Era uma vez um sapo que não comia moscas.
e) Nossas esperanças eram que a viatura pudesse voltar a tempo de sair atrás do bandido.

05. (PUC – PR) Observe a parte em destaque de cada período:
1 – Bem marcado, Ronaldinho não tem uma boa atuação.
2 – Como chegou atrasado, não conseguiu acompanhar a discussão.
3 – Tem um domínio de bola como ninguém.
4 – Se bem que quisesse a verdade, ninguém acreditou.
5 – Choveu tanto, que não foi possível realizar o jogo.
A parte em destaque de cada período mantém com a outra parte, na ordem, uma relação significativa de:
a) condição, causa, comparação, concessão, conseqüência.
b) causa, causa, comparação, causa, conseqüência.
c) causa, causa, comparação, causa, conseqüência.
d) causa , causa, conformação, concessão, conseqüência.
e) causa, causa, causa, causa, causa.

06. (FGV – SP) Observe, nos seguintes períodos, as orações que contêm verbo no gerúndio:
 Estando as meninas em Araxá, foi Ronaldo ter com elas.
 Sendo o aluno um jovem estudioso, deverá facilmente obter aprovação.
 Sendo brasileiro o advogado, poderei atendê-lo; caso contrário, não.
Essas orações são subordinadas adverbiais. Assinale a alternativa que indique respectivamente a circunstância de cada uma.
Leve em conta que a oração pode indicar mais de uma circunstância.
a) causa, causa, conseqüência
b) tempo, causa, finalidade
c) conseqüência, concessão, finalidade
d) tempo, causa, condição
e) condição, finalidade, tempo

07. (Fatec) Há orações reduzidas que podem ser desenvolvidas em oração adjetiva. Aponte a alternativa em que isso ocorre.
a) Eram cadáveres a se erguerem nos túmulos.
b) Volte aqui, chegando a hora.
c) A solução era esperarmos.
d) Estaríamos prontos, chegada a hora.
e) n.d.a

08. (UVA - 2004.1¬) “Quando me disseram que estava a escolha feita da casa de educação que me devia receber, a notícia veio achar-me em armas para a conquista audaciosa do desconhecido”.
A oração “Quando me disseram...”, em seu devido contexto, é classificada, corretamente, como:
a) oração subordinada adverbial temporal
b) oração subordinada adverbial causal
c) oração subordinada adjetiva restritiva
d) oração principal

Bons estudos!

Na escola Flávio Ribeiro Lima existem duas quadras, mas nem uma delas está em condições para satisfazer o lazer dos alunos. Isso porque se encontram em péssimo estado estrutural, necessitando urgentemente de uma reforma.
Por causa das más condições, não podemos realizar jogos, nem mesmo as aulas de Educação Física práticas. Com tudo isso nós, alunos, perdemos oportunidade de treinar para competir com os outros colégios.
Danilo, Eliomar, Francisco das Chagas, Janci, Luis Carlos, Luiz Henrique – 3ºC

O jovem de hoje perdeu os limites?

Antigamente a juventude era muito reprimida aos costumes e valores da sociedade. E hoje podemos perceber que eles têm mais autonomia sobre si, pois vêm ocorrendo muitas mudanças no meio em que vivem. Tudo isso vem acontecendo devido à falta de acompanhamento contínuo dos pais na vida de seus filhos.
Os pais têm uma parcela de culpa na falta de limites dos filhos, pois eles não acompanham seus filhos de perto devido à correria da vida moderna. E os jovens são obrigados a passar maior parte do tempo sendo acompanhados por outras pessoas como por exemplo por parentes ou por amigos que nem sempre dão os regras de conduta.
Devido à ausência dessas regras acontecem vários fatores que fazem com que eles cometam inúmeros erros ao longo de suas vidas, como o uso drogas, e também ao inicio de uma vida sexual ativa muito cedo, que pode leva ao contágio de varias DTP e também a uma gravidez indesejada.
Uma medida cabível para a solução desse problema é o acompanhamento diário pais.
Caroline, Aline, Imaculada e Ivaneide - 3º ano C

Ubajara, bonita por natureza!

Ubajara é uma cidade muito bonita por natureza. Aqui nós temos vários pontos turísticos. Venham e conheçam a nossa cidade, pois ela é muito bonita. Eu amo o lugar em que eu moro Aqui você vai encontrar varias coisas divertidas.
Porque você pode sair com os seus amigos para banhos em cachoeiras. À noite você pode ir a um belo restaurante com a sua família ou namorado.
A cidade onde eu moro calma e nos finais de semana aqui fica cheio de turistas que vêm em busca de um lugar calmo.
Por isso venham, conheçam a nossa cidade e se encantar com as maravilhas que nós temos.
Venham e se encantem com o nosso paraíso.
Camila Carvalho – 3º C

Mãe




Uma simples palavra, mas que nela há muitos significados. Não há palavras que possam descrever o quanto és importante.
Procurei de todas as formas encontrar palavras tão lindas para tentar falar de você.
E de repente percebi que essas palavras não existem, apenas uma frase veio aos meus pensamentos, mas que nela dizem tudo:
Eu te amo!
Uma frase tão pequena, mas de palavras tão fortes, capazes de mudar tudo na vida de uma pessoa.
Um ser incrivelmente indescritível.
Seus braços se abrem quando eu preciso de um abraço,
seu coração me compreende quando eu necessito de perdão,
sua força e seu amor me guiam na direção certa da vida.


Sandy, Rogacilane, Laiza e Michel – 3º D

Jogos Olímpicos de Ubajara

Os colégios de Ubajara estão de parabéns, pois os alunos além de interagirem com a escola praticam esportes, fazendo da escola não só um lugar de estudar e aprender e sim onde tenham, também, um pouco de lazer.
No colégio FLÁVIO RIBEIRO LIMA, vários alunos treinam, se esforçam para no dia do jogo dar o melhor de si.
Nos dias de hoje, o esporte é fundamental para o desenvolvimento dos alunos nos colégios, serve para seu futuro e uma coisa muito importante: a sua saúde que é fundamental para ser um bom atleta, mas para isso deve treinar muito. Ah! Só não pode esquecer dos estudos que é valioso no seu futuro por isso faça de tudo um pouco.
RINA Cheley, 3º C

Aborto, uma escolha



O coração de um feto bate desde as primeiras semanas após a concepção, mas uma criança com fome grita à nossa frente por muito tempo, muitas vezes despercebidas, como seres invisíveis sofrendo e chorando a sua miséria.
Não me parece que o aborto seja uma escolha fácil, mas devemos repensar nossos conceitos, pois por outro lado não será melhor que cuidemos dos que já gritam de fome! O que fazer? Deixar que mais um ser seja rejeitado pela humanidade sem receber carinhos, cuidados e a atenção necessária?
Fato não muito relatado mas muito utilizado é o uso de anticoncepcionais que, na maioria das vezes, somos a favor, mas a partir da concepção as pequenas células já são vidas, porque que somos a favor de pílulas anticoncepcionais e não a favor do “aborto”?
Existe uma vantagem em relação ao SIM do aborto, pois quem não tem condições de uma interrupção sadia entrega sua vida a qualquer “curandeira(o)” sofrendo assim as consequências desse ato desesperado.

Pollyanna Martins Ribeiro, 3ºD

Mãe




É um ser supremo com um amor verdadeiro sem distinção de cor, que ama do jeito que somos. Ser mãe é doar-se por inteiro, é dedicar-se a uma vida intensamente, é preocupar-se quanto ao dizer o certo e o errado.
Mulher que supera todas as dificuldades que a vida coloca em seu caminho, que encontra em seus obstáculos uma maneira de vencer, capaz de enfrentar tudo e todos pelos filhos. É digna de toda admiração e merecedora de amor e carinho.
Mãe que perde noites de sono para cuidar e proteger o filho quando criança e mesmo depois que cresce, ela não deixa de preocupar-se com sua vida, querendo sempre saber de tudo. Maravilhosa em todos seus atos, mulher que te compreende em todos os momentos e até mesmo nos mais difíceis da vida encontra solução para todos os problemas que pensamos impossíveis, ela resolve com seu jeito perfeito.

Karina, Mayara e Irani – 3º D

Amor de mãe


Cada pessoa tem uma mulher importante na sua vida. Existe aquela pessoa que dá carinho,afeto, que alivia os sofrimentos.
Existe uma pessoa que nas horas mais difíceis está ali para ajudar e orientar. Essa pessoa tem um nome pequeno mas de grande valor, que se chama mãe.

Gerson,Edson, Mauricio, Leandro – 3º D

Leia e comente os textos produzidos pelos alunos do FRL.

Ubajara, 6 de maio de 2010.

Excelentíssimo Senhor Presidente da ANEEL,

É evidente que a construção de mais uma hidrelétrica melhorará a distribuição de energia e consequentemente a economia do País. É necessário, porém, analisar as consequências ambientais que esse investimento trará para Belo Monte e região.
Dentre as consequências podemos citar alagamentos de regiões próximas, desvio de rios, morte de animais nativos e desmatamento Isso tudo acarretará uma destruição irreversível, fazendo com que desestruture grande parte da fauna e flora da região.
Além disso, não é cabível desestruturar comunidades indígenas que lá habitam há séculos, nem a cultura de um povo que é símbolo da história de nosso país. Dessa forma os benefícios trazidos pela construção da hidrelétrica seriam anulados frente aos prejuízos causados por ela.
Assim, Excelentíssimo Senhor, é necessário reanalisar o projeto de construção para que danos mais graves não ocorram no futuro.
Não queremos que o Brasil seja visto como um país que não se preocupa com os recursos naturais e a qualidade de vida de sua população.

Atenciosamente,

Alírio, Everlane, Iara, Iarla, Samara. Alunos do 3º C

13 de mai. de 2010

Como conquistar a liberdade?



'' ... Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos ... ''
(Martin Luther King)
"Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau é escravo, ainda que seja livre." (Santo Agostinho)
"Liberdade é uma possibilidade de ser melhor, enquanto que escravidão é a certeza de ser pior." (Albert Camus)
"Liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem."
(Barão de Montesquie)
"O homem nasceu livre, e em todos os lugares ele está acorrentado."
(Jean-Jacques Rousseau)
"A liberdade não tem qualquer valor se não inclui a liberdade de errar."
(Mahatma Gandhi)
"Quem pensa segundo a opinião dos outros, está muito longe de ser um homem livre." (Autor desconhecido)
"Aprendendo a pensar por nós mesmos, experimentamos a liberdade."
(Luiz Márcio M. Martins)

Certas de que a aprendizagem deve acontecer de forma integrada e interdisciplinar é que eu, professora Francina, e a professora Adelena, da Área de Ciências Humanas, preparamos uma aula em que o tema abordado foi 13, de maio, Dia da Abolição da Escravatura. A partir daí, vocês, alunos, produzirão um texto e postarão, no blog,comentários sobre o assunto.
Um abraço!

9 de mai. de 2010

Mãe, sinônimo do amor de Deus!

Sábado, 08 de maio, a partir das 14h, foi prestada uma linda homenagem às mães na EEFM Flávio Ribeiro Lima. Foi uma tarde muito calorosa, cheia de momentos emocionantes e de reflexão. A todas as mães o meu abraço e, em nome da nossa escola, agradeço pela confiança depositada em nós na parceria pela educação dos seus filhos.

7 de mai. de 2010

Mãe, sinônimo do amor de Deus.


Àquela que perde o sono enquanto não vê a cama ocupada ...
Àquela que não permite desrespeito em sua presença...
Àquela que deixa o conforto de sua casa por um quarto de hospital...
Àquela que ESQUECE DE SI para LEMBRAR-SE dos que estão ao seu lado...
Àquela que protege mesmo na ausência, pelo poder da oração...
Àquela que busca soluções para resolver problemas aparentemente intransponíveis...
Àquela que mesmo vendo o erro nunca desampara...
Àquela que busca a força revitalizadora dos sorrisos de quem a acompanha...
Àquela que mesmo na tristeza demonstra felicidade..
Nossa eterna gratidão, nosso imenso carinho!

BRUNA, MEIRILANE, JÉSSICA, LUCIELMA, MARIANA E IARA/3'' D''

6 de mai. de 2010

Vem aí a Olimpíada de Língua Portuguesa!


Meus alunos dos terceiros anos,
Vem aí a Olimpíada de Língua Portuguesa. Leiam o texto a seguir, publicado na revista Veja pelo articulista Stephen Kanitz e preparem-se para produzir o artigo de vocês!


Escrever um bom artigo é bem mais fácil do que a maioria das pessoas pensa. No meu caso, português foi sempre a minha pior matéria. Meu professor de português, o velho Sales, deve estar se revirando na cova.
Ele que dizia que eu jamais seria lido por alguém. Portanto, se você sente que nunca poderá escrever, não desanime, eu sentia a mesma coisa na sua idade.
Escrever bem pode ser um dom para poetas e literatos, mas a maioria de nós está apta para escrever um simples artigo, um resumo, uma redação tosca das próprias idéias, sem mexer com literatura nem com grandes emoções humanas.
O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e manter-se ligado a algumas regras simples. Cada colunista tem os seus padrões. Eu vou detalhar alguns dos meus e espero que sejam úteis para você também.
1. Eu sempre escrevo tendo uma nítida imagem da pessoa para quem eu estou escrevendo. Na maioria dos meus artigos para a Veja, por exemplo, eu normalmente imagino alguém com 16 anos de idade ou um pai de família.
Alguns escritores e jornalistas escrevem pensando nos seus chefes, outros escrevem pensando num outro colunista que querem superar, alguns escrevem sem pensar em alguém especificamente.
A maioria escreve pensando em todo mundo, querendo explicar tudo a todos ao mesmo tempo, algo na minha opinião meio impossível. Ter uma imagem do leitor ajuda a lembrar que não dá para escrever para todos no mesmo artigo. Você vai ter que escolher o seu público alvo de cada vez, e escrever quantos artigos forem necessários para convencer todos os grupos.
O mundo está emburrecendo porque a TV em massa e os grandes jornais não conseguem mais explicar quase nada, justamente porque escrevem para todo mundo ao mesmo tempo. E aí, nenhum das centenas de grupos que compõem a sociedade brasileira entende direito o que está acontecendo no país, ou o que está sendo proposto pelo articulista. Os poucos que entendem não saem plenamente ou suficientemente convencidos para mudar alguma coisa.
2. Há muitos escritores que escrevem para afagar os seus próprios egos e mostrar para o público quão inteligentes são. Se você for jovem, você é presa fácil para este estilo, porque todo jovem quer se incluir na sociedade.
Mas não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu.
Querer se mostrar é sempre uma tentação, nem eu consigo resistir de vez em quando de citar um Rousseau ou Karl Marx. Mas, tendo uma nítida imagem para quem você está escrevendo, ajuda a manter o bom senso e a humildade. Querer se exibir nem fica bem.
Resumindo, não caia nessa tentação, leitores odeiam ser chamados de burros. Leitores querem sair da leitura mais inteligentes do que antes, querem entender o que você quis dizer. Seu objetivo será deixar o seu leitor, no final da leitura, tão informado quanto você, pelo menos na questão apresentada.
Portanto, o objetivo de um artigo é convencer alguém de uma nova idéia, não convencer alguém da sua inteligência. Isto, o leitor irá decidir por si, dependendo de quão convincente você for.
3. Reescrevo cada artigo, em média, 40 vezes. Releio 40 vezes, seria a frase mais correta porque na maioria das vezes só mudo uma ou outra palavra, troco a ordem de um parágrafo ou elimino uma frase, processo que leva praticamente um mês.
Ninguém tem coragem de cortar tudo o que tem de ser cortado numa única passada. Parece tudo tão perfeito, tudo tão essencial. Por isto, os cortes são feitos aos poucos.
Depois tem a leitura para cuidar das vírgulas, do estilo, da concordância, das palavras repetidas e assim por diante. Para nós, pobres mortais, não dá para fazer tudo de uma vez só, como os literatos.
Melhor partir para a especialização, fazendo uma tarefa BEM FEITA por vez.
Pensando bem, meus artigos são mais esculpidos do que escritos. Quarenta vezes talvez seja desnecessário para quem for escrever numa revista menos abrangente. Vinte das minhas releituras são devido a Veja, com seu público heterogêneo onde não posso ofender ninguém.
Por exemplo, escrevi um artigo "Em terra de cego quem tem um olho é rei". É uma análise sociológica do Brasil e tive de me preocupar com quem poderia se sentir ofendido com cada frase.
O Presidente Lula, apesar do artigo não ter nada a ver com ele, poderia achar que é uma crítica pessoal? Ou um leitor achar que é uma indireta contra este governo? Devo então mudar o título ou quem lê o artigo inteiro percebe que o recado é totalmente outro?
Este é o tipo de problema que eu tenho, e espero que um dia você tenha também.
O meu primeiro rascunho é escrito quando tenho uma inspiração, que ocorre a qualquer momento lendo uma idéia num livro, uma frase boba no jornal ou uma declaração infeliz de um ministro. Às vezes, eu tenho um bom título e nada mais para começar. Inspiração significa que você tem um bom início, o meio e dois bons argumentos. O fechamento vem depois.
Uma vez escrito o rascunho, ele fica de molho por algum tempo, uma semana, até um mês. O artigo tem de ficar de molho por algum tempo. Isso é muito importante.
Escrever de véspera é escrever lixo na certa. Por isto, nossa imprensa vem piorando cada vez mais, e com a internet nem de véspera se escreve mais. Internet de conteúdo é uma ficção. A não ser que tenha sido escrito pelo próprio protagonista da notícia, não um intermediário.
A segunda leitura só vem uma semana ou um mês depois e é sempre uma surpresa. Tem frases que nem você mais entende, tem parágrafos ridículos, mas que pelo jeito foi você mesmo que escreveu. Tem frases ditas com ódio, que soam exageradas e infantis, coisa de adolescente frustrado com o mundo. A única solução é sair apagando.
O artigo vai melhorando aos poucos com cada releitura, com o acréscimo de novas idéias, ou melhores maneiras de descrever uma idéia já escrita.
Estas soluções e melhorias vão aparecendo no carro, no cinema ou na casa de um amigo. Por isto, os artigos andam comigo no meu Palm Top, para estarem sempre à disposição.
Normalmente, nas primeiras releituras tiro excessos de emoção. Para que taxar alguém de neoliberal, só para denegri-lo? Por que dar uma alfinetada extra? É abuso do seu poder, embora muitos colunistas fazem destas alfinetadas a sua razão de escrever.
Vão existir neoliberais moderados entre os seus leitores e por que torná-los inimigos à toa? Vá com calma com suas afirmações preconceituosas, seu espaço não é uma tribuna de difamação.
4. Isto leva à regra mais importante de todas: você normalmente quer convencer alguém que tem uma convicção contrária à sua. Se você quer mudar o mundo você terá que começar convencendo os conservadores a mudar.
Dezenas de jornalistas e colunistas desperdiçam as suas vidas e a de milhares de árvores, ao serem tão sectários e ideológicos que acabam sendo lidos somente pelos já convertidos. Não vão acabar nem mudando o bairro, somente semeando ódio e cizânia.
Quando detecto a ideologia de um jornalista eu deixo de ler a sua coluna de imediato. Afinal, quero alguém imparcial noticiando os fatos, não o militante de um partido. Se for para ler ideologia, prefiro ir direto na fonte, seja Karl Marx ou Milton Friedman. Pelo menos, eles sabiam o que estavam escrevendo.
É muito mais fácil escrever para a sua galera cativa, sabendo que você vai receber aplausos a cada "Fora Governo" e "Fora FMI". Mas resista à tentação, o mercado já está lotado deste tipo de escritor e jornalista. Economizaríamos milhares de árvores e tempo se graças a um artigo seu, o Governo ou o FMI mudassem de idéia.
5. Cada idéia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Muitas vezes, eu tento encaixar ainda uma terceira versão.
Nem todo mundo entende na primeira investida, a maioria fica confusa. A segunda explicação é uma nova tentativa e serve de reforço e validação para quem já entendeu da primeira vez.
Informação é redundância. Você tem que dar mais informação do que o estritamente necessário. Eu odeio aqueles mapas de sítio de amigo que se você errar uma indicação você estará perdido para sempre. Imagine uma instrução tipo: "se você passar o posto de gasolina, volte, porque você ultrapassou o nosso sítio".
Ou seja, repeti acima uma idéia mais ou menos quatro vezes, e mesmo assim muita gente ainda não vai saber o que quer dizer "redundância" e muitos nunca vão seguir este conselho.
Neste mesmo exemplo acima também misturei teoria e dois exemplos práticos. Teoria é que informação para ser transmitida precisa de alguma redundância, o posto de gasolina foi um exemplo.
Não sei porque tanto intelectual teórico não consegue dar a nós, pobres mortais, um único exemplo do que ele está expondo. Eu me recuso a ler intelectual que só fica na teoria, suspeito sempre que ele vive numa redoma de vidro.
6. Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo chegar à conclusão sozinho, em vez de você impor a sua. Se ele chegar à mesma conclusão, você terá um aliado. Se você apresentar a sua conclusão, terá um desconfiado.
Então, o segredo é colocar os dados, formular a pergunta que o leitor deve responder, dar alguns argumentos importantes, e parar por aí. Se o leitor for esperto, ele fará o passo seguinte, chegará à terrível conclusão por si só, e se sentirá um gênio.
Se você fizer todo o trabalho sozinho, o gênio será você, mas você não mudará o mundo, e perderá os aliados que quer ter.
Num artigo sobre erros graves de um famoso Ministro, fiquei na dúvida se deveria sugerir que ele fosse preso e nos pagar pelo prejuízo de 20 bilhões que causou, uma acusação que poderia até gerar um processo na justiça por difamação.
Por isto, deixei a última frase de fora. Mostrei o artigo a um amigo economista antes de publicá-lo, e qual não foi a minha surpresa quando ele disse indignado: "um ministro desses deveria ser preso". A última frase nem foi necessária.
Portanto, não menospreze o seu leitor. Você não estará escrevendo para perfeitos idiotas e seus leitores vão achar seus artigos estimulantes. Vão achar que você os fez pensar.
7. O sétimo truque não é meu, aprendi num curso de redação. O professor exigia que escrevêssemos um texto de quatro páginas. Feita a tarefa, pedia que tudo fosse reescrito em duas páginas sem perder conteúdo.
Parecia impossível, mas normalmente conseguíamos. Têm frases mais curtas, têm formas mais econômicas, tem muita lingüiça para retirar.
Em dois meses aprendemos a ser mais concisos, diretos, e achar soluções mais curtas. Depois, éramos obrigados a reescrever tudo aquilo novamente em uma única página, agora sim perdendo parte do conteúdo.
Protesto geral, toda frase era preciosa, não dava para tirar absolutamente nada. Mas isto nos obrigava a determinar o que de fato era essencial ao argumento, e o que não era.
Graças a esse treino, a maioria das pessoas me acha extremamente inteligente, o que lamentavelmente não sou, fui um aluno médio a vida inteira. O que o pessoal se impressiona é com a quantidade de informação relevante que consigo colocar numa única página de artigo, e isto minha gente não é inteligência, é treino.
Portanto, mãos à obra. Boa sorte e mudem o mundo com suas pesquisas e observações fundamentadas, não com seus preconceitos.
Stephen Kanitz